Como consultar e obter certificados energéticos de edifícios

O processo de consulta e obtenção de certificados energéticos em Portugal é um procedimento regulado e obrigatório para todos os edifícios que se vão vender, alugar ou renovar significativamente.

Passos para consultar um certificado energético em Portugal

O primeiro passo é contactar um perito qualificado, registado no Sistema de Certificação Energética de Edifícios (SCE). Este técnico será responsável pela avaliação energética do edifício.

O técnico realizará uma visita ao imóvel para recolher dados relevantes, tais como o isolamento térmico, o tipo de janelas, sistemas de climatização, água quente sanitária e outros aspetos que influenciem a eficiência energética.

Com a informação recolhida durante a inspeção, o técnico realizará uma análise detalhada utilizando ferramentas e software específicos para calcular a eficiência energética do edifício.

Uma vez completada a avaliação, o técnico emitirá o certificado energético. Este documento incluirá a classificação energética do imóvel, assim como recomendações para melhorar a sua eficiência energética.

O certificado deve ser registado no Sistema de Certificação Energética de Edifícios, gerido pela ADENE. O registo é necessário para que o certificado seja válido e reconhecido oficialmente.

Finalmente, o proprietário recebe o certificado energético, que tem uma validade de 10 anos. É importante notar que este documento deve ser apresentado ao vender ou alugar o imóvel.

Vantagens do certificado energético para imóveis

O certificado energético para imóveis em Portugal oferece várias vantagens tanto para os proprietários como para os inquilinos e compradores.

Transparência no mercado imobiliário

• O certificado proporciona uma avaliação objetiva da eficiência energética do imóvel, permitindo aos compradores e arrendatários tomar decisões informadas.
• Facilita a comparação entre diferentes propriedades com base no seu consumo energético e potencial de poupança

Poupança económica

• Inclui recomendações para melhorar a eficiência energética, o que pode traduzir-se numa redução dos custos energéticos a longo prazo.
• Um imóvel com uma boa classificação energética consome menos energia, resultando em faturas de eletricidade e gás mais baixas.

Valor acrescentado ao imóvel

• As propriedades com uma alta classificação energética (A+, A, B) são mais atrativas e podem ter um valor de mercado superior.
• Num mercado imobiliário competitivo, um bom certificado energético pode ser um fator diferenciador chave para atrair compradores ou inquilinos.

Cumprimento legal

• A obtenção do certificado energético é obrigatória em Portugal para a venda, aluguer ou renovação de imóveis, assegurando o cumprimento da normativa vigente e evitando possíveis multas e sanções.
• O certificado energético é um documento oficial reconhecido pelas autoridades portuguesas, necessário para qualquer transação imobiliária legal.

Sustentabilidade e meio ambiente

• Promove a eficiência energética e o uso de energias renováveis, contribuindo para a redução das emissões de CO2 e outros gases de efeito estufa.
• Fomenta uma maior consciência e responsabilidade ambiental entre os proprietários e utilizadores de imóveis.

Facilidade na obtenção de financiamento e ajudas

• Alguns programas de financiamento e ajudas públicas para a renovação e melhoria de imóveis exigem a apresentação de um certificado energético.
• Em alguns casos, os imóveis com boas classificações energéticas podem beneficiar de incentivos fiscais ou reduções em impostos relacionados com a propriedade.

Benefícios a longo prazo

• Melhorar a eficiência energética do imóvel não só beneficia os ocupantes atuais, mas também representa um investimento a longo prazo que pode continuar a gerar poupanças e benefícios com o tempo.
• Imóveis energeticamente eficientes tendem a depreciar-se menos com o tempo, mantendo melhor o seu valor de mercado.

Normas e requisitos para a certificação energética em Portugal

Em Portugal, a certificação energética de edifícios está regulada por uma série de normas e requisitos específicos, com o objetivo de avaliar e melhorar a eficiência energética dos imóveis.

Normas e regulações

• Decreto-Ley nº 118/2013: Este é o quadro legal principal que estabelece o Sistema de Certificação Energética de Edifícios (SCE) em Portugal. Regula os requisitos de eficiência energética para edifícios novos e existentes.
• Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Habitação (REH): Este reglamento específico aplica-se aos edifícios residenciais e define os parâmetros e metodologias para avaliar o seu desempenho energético.
• Regulamento de Desempenho Energético dos Edifícios de Comércio e Serviços (RECS): Similar ao REH, mas para edifícios comerciais e de serviços, este regulamento estabelece os critérios para a eficiência energética nestes tipos de imóveis.
• Normas técnicas e metodologias: A ADENE, a Agência para a Energia, publica guias e metodologias técnicas que os peritos devem seguir ao realizar as avaliações energéticas.

Requisitos para edifícios novos

• Projeto de arquitetura e especialidades: Deve cumprir com os requisitos de eficiência energética estabelecidos na normativa vigente.
• Cálculos de eficiência energética: Devem realizar-se utilizando software específico e aprovado, que considere fatores como o isolamento térmico, a orientação do edifício, os sistemas de aquecimento e refrigeração, e as fontes de energia renovável.
• Técnico qualificado: A avaliação deve ser realizada por um perito qualificado e registado no SCE.

Requisitos para edifícios existentes

• Inspeção do imóvel: O técnico deve realizar uma inspeção detalhada do edifício, recolhendo dados sobre o seu estado atual, incluindo o isolamento, as janelas, os sistemas de aquecimento e refrigeração, e outros elementos relevantes.
• Documentação necessária: O proprietário deve fornecer a documentação necessária, como a caderneta predial, a licença de utilização, planos do edifício e faturas de consumo energético.
• Avaliação e recomendações: O técnico avaliará o desempenho energético do edifício e fornecerá recomendações para melhorar a sua eficiência energética.

Comparação de fornecedores de certificação energética em Portugal

Realizar uma comparação entre diferentes fornecedores de serviços de certificação energética em Portugal é essencial para garantir que você obtenha um serviço de qualidade, a um preço justo e dentro do prazo necessário. Vamos avaliar a qualidade do serviço, os preços e os tempos de resposta de três empresas líderes neste setor: CERTIEL, Eficiência Energética, e PQI.

CERTIEL

CERTIEL é conhecida pela sua sólida reputação no mercado, oferecendo serviços de alta qualidade. Os técnicos são altamente qualificados e certificados pela ADENE e compromete-se a realizar a inspeção e emitir o certificado num prazo de 7 a 10 dias úteis.

Preços: As tarifas da CERTIEL variam conforme o tipo e tamanho do imóvel:

• Apartamentos até 100 m²: 200 euros
• Moradias unifamiliares de 100 a 200 m²: 300 euros
• Edifícios comerciais até 500 m²: 700 euros

Testemunho:

“Fiquei muito satisfeito com a rapidez e profissionalismo da CERTIEL. Recomendo vivamente!” – João M., via Google Reviews.

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Eficiência Energética é uma empresa com uma abordagem focada na personalização do serviço. Os técnicos são reconhecidos pela sua capacidade de adaptar soluções às necessidades específicas de cada cliente e garante a emissão do certificado em até 5 dias úteis após a inspeção.

Preços: As tarifas da Eficiência Energética são competitivas:

• Apartamentos até 100 m²: 180 euros
• Moradias unifamiliares de 100 a 200 m²: 280 euros
• Edifícios comerciais até 500 m²: 650 euros

Testemunho:

“A Eficiência Energética foi extremamente eficiente e prestável. Recebi o meu certificado muito mais rápido do que esperava.” – Maria S., via Yelp.

PQI (Peritos Qualificados para a Indústria)

A PQI é altamente recomendada pela sua vasta experiência no setor industrial, além de atender também o mercado residencial e comercial. A empresa destaca-se pelo rigor e promete um prazo de 10 a 12 dias úteis para a emissão do certificado, devido à sua abordagem detalhada.

Preços: As tarifas da PQI são um pouco mais altas, refletindo a sua especialização:

• Apartamentos até 100 m²: 220 euros
• Moradias unifamiliares de 100 a 200 m²: 350 euros
• Edifícios comerciais até 500 m²: 800 euros

Testemunho:

“A PQI forneceu um serviço muito detalhado e profissional. Valeu cada cêntimo!” – Ricardo T., via site especializado de avaliações energéticas.

Análise Comparativa

Ao comparar as três empresas, vemos que cada uma oferece diferentes vantagens e desvantagens:

• CERTIEL é uma escolha sólida para quem procura um equilíbrio entre qualidade e tempo de resposta razoável.
• Eficiência Energética oferece preços competitivos e tempos de resposta rápidos, sendo ideal para quem precisa de rapidez.
• PQI é a opção recomendada para avaliações extremamente detalhadas e para imóveis industriais, embora com um custo um pouco mais elevado e prazos mais longos.

Avaliar as suas necessidades específicas e considerar os testemunhos de outros clientes pode ajudá-lo a escolher o fornecedor que melhor atende às suas expectativas.

Como escolher o melhor serviço de certificação energética

Escolher um bom fornecedor de serviços de certificação energética é crucial para assegurar uma avaliação precisa e obter o máximo benefício do processo.

•  Assegure-se de que o técnico ou a empresa está registada e certificada pelo Sistema de Certificação Energética de Edifícios (SCE) e pela ADENE.
• Opte por fornecedores com uma sólida experiência no campo da certificação energética, especialmente no tipo de imóvel que precisa de avaliar (residencial, comercial, industrial).
• Peça referências ou procure opiniões e testemunhos de clientes anteriores para avaliar a reputação do fornecedor.
• Compare orçamentos de diferentes fornecedores para obter uma ideia clara dos preços de mercado e assegurar-se de que não está a pagar em excesso.
• Certifique-se de entender que serviços estão incluídos no preço (visitas, relatórios detalhados, recomendações de melhorias, etc.) e se há custos adicionais.
• Desconfie de fornecedores que ofereçam preços significativamente mais baixos que a média do mercado, pois isto pode refletir uma menor qualidade no serviço.
• Escolha um fornecedor que ofereça um bom serviço ao cliente, com uma comunicação clara e rápida. A capacidade de responder a perguntas e fornecer informações detalhadas é crucial.
• Verifique a disponibilidade do técnico para realizar a avaliação no momento que precisar e a sua capacidade para entregar o certificado num prazo razoável.
• Considere se o fornecedor oferece suporte adicional após a entrega do certificado, como aconselhamento sobre a implementação das recomendações de melhoria.
• Procure opiniões e avaliações online sobre o fornecedor. Plataformas como Google Reviews, Yelp ou sites especializados em serviços energéticos podem ser úteis.
• Se possível, peça recomendações a amigos, familiares ou colegas que tenham passado pelo processo de certificação energética.

Costes asociados a la certificación energética en Portugal

Os custos associados à certificação energética em Portugal podem variar dependendo de diversos fatores, como o tipo de imóvel, o seu tamanho, a complexidade da avaliação e as tarifas do técnico qualificado.

Factores que influenciam o custo

• Tipo de imóvel: Os custos podem diferir entre edifícios residenciais, comerciais e industriais devido às diferentes metodologias e requisitos de avaliação.
• Tamanho do imóvel: A superfície total do imóvel é um fator crucial. Quanto maior a superfície, maior o tempo e esforço requeridos para a avaliação.
• Complexidade da avaliação: A complexidade arquitetónica e a quantidade de sistemas energéticos a avaliar (aquecimento, refrigeração, iluminação, etc.) podem afetar o preço.
• Localização do imóvel: Os custos podem variar ligeiramente dependendo da região e da disponibilidade de técnicos qualificados.
• Tarifários do técnico: Cada técnico ou empresa pode estabelecer as suas próprias tarifas baseadas na experiência e na procura do mercado.

Estimativa de custos

Embora os preços possam variar consideravelmente, a seguir apresenta-se uma estimativa geral dos custos para a certificação energética em Portugal:

Tipo de Imóvel	Superfície	Intervalo de Preço (€)
Apartamentos e moradias unifamiliares pequenas	Até 100 m²	150 – 250
	100 a 200 m²	200 – 350
Moradias unifamiliares grandes	200 a 300 m²	300 – 450
	Maior de 300 m²	A partir de 450
Edifícios comerciais e de serviços	Até 500 m²	500 – 1,000
	500 a 1,000 m²	1,000 – 2,000
	Maior de 1,000 m²	A partir de 2,000
Edifícios Industriais e Agrícolas	Variável	Avaliação caso a caso

Outros possíveis custos

Documentação adicional: Se o proprietário não tiver certos documentos necessários, como planos do edifício, pode ser necessário obtê-los, o que pode implicar custos adicionai

Melhorias recomendadas: Embora não sejam obrigatórias, as recomendações para melhorar a eficiência energética que se incluem no certificado podem implicar investimentos adicionais se se decidirem implementar.

Renovação do certificado: O certificado energético tem uma validade de 10 anos. Após este período, será necessário renová-lo, incorrendo novamente nos custos de certificação.

Conselhos para reduzir custos

1. Solicitar orçamentos a vários técnicos qualificados ou empresas certificadoras pode ajudar a encontrar a melhor oferta.
2. Ter toda a documentação necessária preparada e disponível pode agilizar o processo e reduzir possivelmente o custo.
3. Realizar pequenas melhorias na eficiência energética antes da avaliação pode resultar numa melhor classificação e evitar recomendações dispendiosas.

Isenção do certificado energético: quem tem direito?

Em Portugal, embora a obtenção do certificado energético seja obrigatória para a maioria dos edifícios que se vendem, alugam ou renovam, existem certas isenções.

• Edifícios oficialmente protegidos pelo seu valor arquitetónico ou histórico.
• Monumentos classificados e aqueles em processo de classificação, desde que o cumprimento dos requisitos de eficiência energética altere inevitavelmente o seu caráter ou aparência.
• Igrejas, templos e outros locais dedicados exclusivamente à prática religiosa.
• Edifícios provisórios cuja duração de uso prevista seja inferior a dois anos.
• Instalações industriais, oficinas e edifícios agrícolas não residenciais com baixa demanda energética (por exemplo, celeiros, barracões, etc.).
• Edifícios destinados a um uso temporário (como casas de férias), desde que se justifique um consumo energético previsto menor que 25% do consumo anual que resultaria de uma utilização durante todo o ano.
• Edifícios isolados com uma superfície útil pequena que não requerem certificação energética devido ao seu impacto energético limitado.

Perguntas frequentes sobre certificação energética